Em
nosso país infelizmente não há o hábito de se fazer planejamento a médio ou
longo prazo. Há mais de duas décadas que já vem anunciando-se a falência dos
presídios brasileiros. O abandono, a falta de investimento e o descaso do poder
público vieram por agravar ainda mais o caos no sistema prisional. Enquanto se
dava esse descaso por parte das autoridades competentes, a população carcerária
crescia, com o grande número de prisões realizadas, o resultado não poderia ser
outro: o sistema carcerário explodiu. A superlotação no sistema penitenciário
impede que possa existir qualquer tipo de ressocialização e atendimento à massa
carcerária, o que faz surgir forte tensão, violência e constantes rebeliões.
Punir criminosos não significa empilhá-los em condições desumanas. Por isso há
urgência em por fim na superlotação, o que exige mais pressa na ampliação dos
presídios já existentes, construção de novos capazes de proporcionar uma
adequada recuperação aos detentos com uma verdadeira política prisional voltada
à reinclusão, educação, profissionalização do apenado, oficinas de trabalhos em
todos os níveis prisionais; trabalho obrigatório para todos os apenados. Não
basta o Estado resolver de uma vez essas anomalias, é preciso também que possa
cercar-se de condições necessárias para evitar que esse tipo de situação volte
a se repetir num futuro próximo.