O
culto do Jeje Ijexá iniciou no século XIX, entre os anos de 1859 e 1883. Há
indicações que os primeiros templos foram fundados na região de Pelotas e Rio
Grande. Em Porto Alegre, existem notícias relativas ao Jeje Ijexá, que datam da
segunda metade do século XIX, tendo com seu maior representante o Príncipe
Custódio de Xapanã.
Dahomé,
atualmente Benin, quando passou a ser propriedade da Grã-Bretanha, ocorreu que
os ingleses tiveram que entrar em acordo com os Príncipes negros que governavam
as terras, em um destes acordos, resultou a vinda de um Príncipe de São João
Batista de Ajudá, que escolheu o Brasil para fixar residência, inicialmente
fixou-se em Rio Grande e mais tarde foi para o interior de Bagé.
De Bagé veio para Porto Alegre, ondo adotou o nome
de Custódio Joaquim de Almeida, conhecido no meio religioso como Príncipe
Custódio de Xapaná (Sapatá Erupê). Foi ele quem fez o assentamento de um Bará
no Mercado Público, onde todos adeptos do culto africano fazem reverência cada
vez que terminam uma obrigação aos seus Orixás.
O
Jeje Ijexá, é um dos segmentos da Nação Afro, onde se cultuam vários Orixás. O
culto é praticado em parte, dentro dos Centros Afros, onde permanecem os
assentamentos dos Orixás, utilizamos a força da natureza: rios, lagos, matas,
mar, pedreiras, cachoeiras etc, para invocação e as vibrações de nossos Orixás.
Bará Lodê e Ogum Avagãn na nação Jêje Ijexá, são
os primeiros Orixás a serem homenageados. Os assentamentos destes Orixás ficam
separados, localizando-se sempre à frente do templo onde recebem suas oferendas
e sacrifícios.
No
lado Jeje Ijexá, não existem hierarquias entre os Orixás, um não é mais
importante do que os outros, eles simplesmente se completam, cada um com determinadas
funções dentro do culto, Ogum Onirá, Oyá, Xangô, Ibeji (Que tem seu ritual
ligado ao culto de Xangô e Oxum) Odé, Otim, Obá, Ossanha, Xapanã são Orixás de
Epô (Dendê). Bará Agelú, Ogum Adiolá, Oxum, Iemanjá e Oxalá são Orixás de mel.