domingo, 28 de dezembro de 2014

ORIGEM DO JÊJE IJÊXÁ NO RIO GRANDE DO SUL





O culto do Jeje Ijexá iniciou no século XIX, entre os anos de 1859 e 1883. Há indicações que os primeiros templos foram fundados na região de Pelotas e Rio Grande. Em Porto Alegre, existem notícias relativas ao Jeje Ijexá, que datam da segunda metade do século XIX, tendo com seu maior representante o Príncipe Custódio de Xapanã.

Dahomé, atualmente Benin, quando passou a ser propriedade da Grã-Bretanha, ocorreu que os ingleses tiveram que entrar em acordo com os Príncipes negros que governavam as terras, em um destes acordos, resultou a vinda de um Príncipe de São João Batista de Ajudá, que escolheu o Brasil para fixar residência, inicialmente fixou-se em Rio Grande e mais tarde foi para o interior de Bagé.

 De Bagé veio para Porto Alegre, ondo adotou o nome de Custódio Joaquim de Almeida, conhecido no meio religioso como Príncipe Custódio de Xapaná (Sapatá Erupê). Foi ele quem fez o assentamento de um Bará no Mercado Público, onde todos adeptos do culto africano fazem reverência cada vez que terminam uma obrigação aos seus Orixás.

O Jeje Ijexá, é um dos segmentos da Nação Afro, onde se cultuam vários Orixás. O culto é praticado em parte, dentro dos Centros Afros, onde permanecem os assentamentos dos Orixás, utilizamos a força da natureza: rios, lagos, matas, mar, pedreiras, cachoeiras etc, para invocação e as vibrações de nossos Orixás.

 Bará Lodê e Ogum Avagãn na nação Jêje Ijexá, são os primeiros Orixás a serem homenageados. Os assentamentos destes Orixás ficam separados, localizando-se sempre à frente do templo onde recebem suas oferendas e sacrifícios.

No lado Jeje Ijexá, não existem hierarquias entre os Orixás, um não é mais importante do que os outros, eles simplesmente se completam, cada um com determinadas funções dentro do culto, Ogum Onirá, Oyá, Xangô, Ibeji (Que tem seu ritual ligado ao culto de Xangô e Oxum) Odé, Otim, Obá, Ossanha, Xapanã são Orixás de Epô (Dendê). Bará Agelú, Ogum Adiolá, Oxum, Iemanjá e Oxalá são Orixás de mel.